sexta-feira, 8 de junho de 2012

Andarilho

Caminho sereno, sem o medo dos pesares
Penso que sou único, mas sou um.
Um todo que caminha achando ser e estar só
E quando o engano apontar a solidão
Saiba que não está só em alma e coração
No caminho da individualidade reconheça seus semelhantes
Não de cor, credo, crença ou carência
Mas sim, em sua essência

Por que não amar indivíduos, inimigos, conhecidos amigos de jornada
Quando a natureza perfuma o machado que a fere de graça?

Andando por mais de 30km, horas somadas de estrada
Sentindo a dor, o incomodo, mas, o prazer da caminhada
Que ensina conforme o terreno, íngreme, plano, denso ou ameno
Que a diferença ou indiferença está em seu olhar,
Pelas estradas que passar.

Caminha serena, sem medo de nada
Sua força vem lá da mata iluminada
Caminha confiante, crendo na humanidade
Se tudo não foi resolvido, não é o fim da tempestade
Que há de passar, antes de tudo terminar
Que há de passar, com alegria, sem penar

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