E como uma onda que vai e vem, vem e vai,
leva o denso, retorna o sutil,
retorna o denso, leva o sutil,
alternando-se de humores marés.
Guiada
pela lua sabe a hora de deixar-se levar,
Firmada na terra, sabe a hora
de deixar-se firmar
Grão de areia uno que forma o mar, sereia imagem,
que se põe a nadar
Da infância cavalos marinhos, familia de corais
Do agora, tormentos
divinos, nos movem rumo ao cais.
Ondas que não existem em si, apenas se formam,
Do nada e do
nada se vão
Apenas quem a viu, no instante, sabe que ela existe, ou existiu.
Apenas quem vive, no instante,
sabe o que levou, ou deixou de levar.
Desmaterializou-se, sublimou-se a consciência
Restou sal, espuma, quiça areia
Assim como a onda nunca exsitiu,
O sentimento interno também é inexistente em essência,
Ledo engano dos sentidos,
Jura ter visto a maré, a onda, a casa, a ronda
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